terça-feira, 20 de outubro de 2009

O MUNDO NOVO



(mapa restaurado e o original, de Diogo Homem - 1568)



A Expansão européia se potencializou no século XIV, principalmente através de Portugal. Isso se deveu ao fato de seu grande desenvolvimento tecnológico – o Infante D. Henrique foi seu maior fomentador -, mas também pela sua localização. Desde a descoberta da Ilha da Madeira em 1419/1420, dos Açores em 1427, passando pela travessia de Gil Eanes pelo Cabo Bojador na década de 1440, com o contorno do Cabo das Tormentas – depois Cabo da Boa Esperança -, por Bartolomeu Dias em 1488, a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498, e finalmente com a descoberta/achamento do Brasil por Cabral em 1500 se passaram quase cem anos. Mas a Espanha já havia descoberto a América oito anos antes. Mesmo que por acaso! Afinal, Cristóvão Colombo pensava ter chegado à Índia! Um fator que contribuiu muito para essas descobertas foi a tomada de Constantinopla em 1453 pelos turco-otomanos e seu bloqueio do caminho tradicional até as Índias. E quando se confirmou que se tratava de um novo continente, dá para imaginarmos o impacto que isso causou na população européia. E é essa imaginação que nos contagia quando se lê sobre a expansão marítima européia. É fascinante pensar o que se passava pela cabeça dos exploradores. Eram “pilotos” conduzindo seus barcos rumo ao desconhecido! Depois o processo de colonização! Ah se tivéssemos uma máquina do tempo.... Demoraria quase cinco séculos para que pudéssemos ter novamente essa sensação de descoberta: a corrida espacial do século XX.
Ab





domingo, 4 de outubro de 2009

RIO 2016 – LULA VAI SE TORNANDO UM MITO

A vitória conquistada pela cidade do Rio de Janeiro e pelo Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016 é fruto de uma luta travada por diversos personagens. Carlos Nuzman, César Maia, Eduardo Paes, Sérgio Cabral, e mais tantos outros anônimos. A equipe de trabalho foi formada por cerca de 200/300 pessoas. Foi também resultado de um aprendizado pelas derrotas anteriores – na última disputa não fomos nem para a final. Então o mérito é de todos, mas acredito que quem decidiu para o Brasil foi a sua condição de destaque hoje no cenário mundial. O Brasil foi muito elogiado pela comunidade internacional em seu enfrentamento da crise que estamos começando a sair. O prestígio de Lula hoje é incontestável. Ainda não podemos dizer que foi o melhor presidente da História do país, mas seu governo já é o melhor avaliado com 69% de aprovação. Sua aprovação pessoal chega a 81%. O presidente recebeu esse ano o prêmio da UNESCO – o mais importante depois do Nobel -, como promotor da paz mundial. Seus números internos são impressionantes também: o Brasil equacionou sua dívida externa, conseguiu sua autonomia no petróleo, e o mais importante, conseguiu melhorar um pouco a distribuição de renda. Milhões mudaram de classe social. E por aí vai... Mas nossa mídia tenta esconder – o pouco destaque ao prêmio da UNESCO foi um absurdo. O prefeito e governador do Rio de Janeiro discursaram - no evento em que a cidade maravilhosa foi escolhida -, em inglês. Mas foi o português do coração de nosso presidente que emocionou a todos, e que para mim, decidiu a parada. Lula mostrou a todos o quanto era importante para o Brasil e o continente a realização das Olimpíadas na América do Sul. Lula pensa grande e devemos lembrar que somos quase 200 milhões de brasileiros. Podemos ser potência sim. O nosso orgulho está lá em cima. Agora é esperar pelos jogos e pela justiça dos cariocas que proporcionaram em 2007 – na abertura do Pan-2007 -, uma das maiores falta – de - educação já vista, quando o vaiaram. Não precisavam aplaudir, mas as vaias foram completamente fora de local e circunstâncias. A incivilidade cometida pelo povo carioca não refletia o prestígio que o presidente usufruía naquele momento no país. Mas dizem que um tapa de luva dói muito mais. Alguém poderia imaginar a reação de José Serra – caso fosse o presidente - , ao receber o anúncio da vitória. Lula estava visivelmente emocionado. Por isso o considero um brasileiro de coração! E para mim cada vez mais se torna um mito.