terça-feira, 24 de novembro de 2009

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010 – A OPOSIÇÃO SE ASSUSTA

A oposição deve estar assustada com o resultado da pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. O tucano José Serra que - no início do ano possuía cerca de 46% de intenções de votos -, agora apresenta a marca de 31,8%. E em trajetória inversa a petista Dilma Roussef - que iniciou 2009 com 8% -, sobe agora a 21,7%. O candidato do PSB Ciro atinge 17,5% e a verde Marina Silva 5,9%. Naturalmente o que está influenciando essas mudanças é o estrago que Ciro vem causando na candidatura Serra, já que sem o ex-ministro da fazenda Serra sobe a 40%. Mas o que está deixando a oposição em estado de alerta são as outras avaliações embutidas na pesquisa. Só para dar um exemplo, o brasileiro está otimista quanto ao futuro: 62% dizem que a situação irá melhorar nos próximos seis meses. Antes eram 59,6%. O detalhamento da pesquisa vai por esse caminho, apresentando sempre um otimismo quanto ao futuro. Esse otimismo é um sinal de satisfação que alavanca o discurso de continuidade da candidata governista. Outros pontos arrasadores para a oposição é o aumento da aprovação do governo (de 65,4% para 70%) e do presidente (de 76,8% para 78,9%). Além da informação de que os eleitores que não votariam de maneira nenhuma em candidatos apoiados por FHC é de 49,3%, contra os que não votariam no de Lula (16%) . De lambuja 76% afirmam que o governo Lula foi melhor do que o de FHC, contra 3% que acham o contrário. Agora é aguardar a guerra de marketing: o PSDB tentando evitar a armadilha governista de eleição plesbiscitária escondendo FHC e o PT reafirmando o “nós contra eles”. Além da montagem dos palanques nos estados, área que o PT já reconhece a dificuldade encontrada em vários deles para se juntar ao PMDB. E também o dilema tucano para a definição de seu candidato: Serra quer março, mas os aliados esperam que ele assuma a candidatura já em janeiro. É esperar para ver!

domingo, 15 de novembro de 2009

UM BREVE RESUMO DAS CAUSAS QUE CONTRIBUIRAM PARA O FIM DA MONARQUIA

Talvez a cena mais triste do golpe militar que provocou a queda da Monarquia e iniciou o período republicano tenha sido o zarpar do navio que conduziu D. Pedro II rumo ao exílio. Ia-se embora um dos maiores patriotas que o Brasil já teve – se não o maior! Considerado o mais ilustrado monarca de sua época, era possuidor de vasta cultura e intelectualidade. Ajudou a promover o país em suas viagens. Pedro de Alcântara morreria dois anos depois (1891) em Paris.
A Monarquia brasileira vinha se debilitando gradualmente e seu último pilar – o apoio dos conservadores proprietários rurais-, caiu com a Abolição da Escravatura. Uma série de eventos já havia contribuído para esse enfraquecimento: A Questão Religiosa, afastando a Igreja Católica; A Questão Militar, que teve como conseqüência maior a entrada dos militares no campo político e que duraria até a queda da Ditadura Militar em 1985; A crise econômica; Além do crescimento da atuação dos positivistas e do Partido Republicano. O povo gostava de D. Pedro II, mas não mais da Monarquia. Ao se adoentar deixou sua filha Isabel como regente. A princesa era casada com o conde D´EU, um francês antipatizado desde sua cruel atuação frente as forças brasileiras na Guerra do Paraguai já em sua parte final, quando não eram necessários os massacres ordenados por ele. Pensar que o trono poderia cair em suas mãos foi fator determinante para queda da popularidade do sistema de governo. O golpe foi pacífico, e foi resumido pela frase do líder do partido republicano Aristides Lobo: "O povo assistiu bestializado".


sábado, 7 de novembro de 2009

A GROSSERIA DE CAETANO VELOSO E A OMISSÃO DE MARINA

É impressionante a desfaçatez de Caetano Veloso. O cantor chamou o presidente Lula de “analfabeto” esta semana. Preconceito? Vontade de aparecer? A segunda hipótese parece ser a mais plausível, pois seu histórico de polêmicas a evidencia. Sua frase foi dita em momento de apoio a senadora Marina Silva, pré-canditada do PV a presidente em 2010. Lamentavelmente a senadora não rechaçou tal atitude. Seis anos no governo foi o tempo de Marina Silva como ministra. Fora os anos de PT. Saiu do partido claramente para ser candidata! E nenhuma defesa? Pelo contrário! Aproveitou-se da oportunidade para criticar o governo! Parece que sua candidatura refletirá a pureza. Será que a senadora irá governar com quem? Com o DEM (antigo PDS, PFL) de César Maia? Com o PPS de Roberto Freire? Com o PSDB (partido criado por integrantes do PMDB que não aceitavam conviver com Orestes Quércia e hoje aliados a ele)?
O presidente Lula respondeu ao cantor nesta sexta – na abertura do Congresso do PC do B: “[...] Essa semana eu fui chamado de analfabeto. E nessa mesma semana eu ganhei o título de estadista do ano. Tem muita gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos no colégio. Não tem nada mais burro que isso...” e prosseguiu o presidente: “...Universidade dá conhecimento. Inteligência é outra coisa. E a política é uma das ciências que exigem mais inteligência do que conhecimento. Inteligência para saber montar equipe, tomar decisões, não está nos livros, mas no caráter e na sensibilidade...” e completou: “Um país governado por um analfabeto vai terminar realizando um governo que mais investiu em educação...”
Se a intenção de Caetano era chamar atenção, infelizmente ele conseguiu!