domingo, 6 de março de 2011

DILMA E SUA BASE PARLAMENTAR

Durante seu segundo mandato o ex-presidente Lula não se cansava de evidenciar a necessidade de o executivo possuir uma base congressual forte. Ele sofria desde o início de seu primeiro mandado com essa debilidade. Na verdade sua fraqueza se encontrava especificamente no Senado, onde possuía uma maioria sofrível. Emendas com necessidade de 2/3 dos votos para sua aprovação então nem se fala (lembram-se da votação pela manutenção da CPMF?). Lula planejou a eleição de Dilma associada ao sucesso também na chegada ao Congresso Nacional de uma bancada forte de apoio ao governo. Ele dizia então que não desejava para a então candidata Dilma aquele sofrimento. E mesmo que tenha levado a coisa um pouco para o lado pessoal, ao se lançar contra a reeleição de determinados senadores, o que hoje vemos é que sua estratégia parece estar se concretizando. Dilma navega – mesmo com a tolerância natural em início de governos -, em águas calmas, por ter essa base já eleita junto com ela e não cooptada após as eleições. Não pretendo entrar no mérito de suas ações no início de governo ou da direção que dará a ele, apenas constatar que tem grandes possibilidades de implantar reformas e aprovar medidas que concretizem seu programa de governo.

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