terça-feira, 22 de setembro de 2009

ELEIÇÕES 2010

Não tem como negar a capacidade organizacional do governador paulista e candidato ao Palácio do Planalto José Serra. Devemos tirar o chapéu para sua estratégia e determinação. Aproveita todas as oportunidades para faturar. Trabalha muito bem sua imagem junto ao público, mas também age com grande perspicácia nos bastidores. No momento parece ter convencido seu colega, o governador de Minas Gerais Aécio Neves – também pretendente -, de que é a melhor opção. Já se cogita até uma chapa puro- sangue tucana, o que significaria a união dos dois estados – Lula teve muitos votos em Minas nas eleições anteriores -, o que tornaria a candidatura do ex-presidente da UNE ainda mais forte, no que talvez seja a grande novidade tucana para o ano que vem. Se Serra continua firme em seu trajeto, e tem um nome consolidado junto ao eleitorado – segundo pesquisa do IBOPE divulgada hoje, é conhecido por 66% -, o outro lado também tem um rumo a seguir. O PMDB, através da palavra de seu presidente Michel Temer, pretende fechar aliança com o PT ainda este ano, o que também implicaria em um enorme fortalecimento da candidatura governista da ministra Dilma Roussef, proporcionando o saciamento de uma das maiores necessidades do partido do presidente na eleição: “muitos minutos no horário eleitoral”. Nesse caso o PT teria tempo muito maior em relação às outras eleições. A indicação de que a crise econômica está sendo superada – o mês de agosto confirmou a retomada da economia-, assim como à indicação de que grande parte do eleitorado ainda não conhece a petista – apenas 32%, a proporcionaria ainda um grande potencial de crescimento, apesar do alto índice de rejeição averiguado na pesquisa: 40%. Além do que a entrada da ex-ministra e senadora Marina Silva na disputa parece não ter tido o efeito esperado pelo tucano, de só tirar voto da candidata governista. Na verdade, ninguém sabe o potencial eleitoral da senadora, já que é a mais desconhecida (apenas 18% sabem quem é) de todos e com maior possibilidade de ascensão. E para complicar de vez, a entrada no jogo do deputado Ciro Gomes – um inimigo histórico -, é garantia de enfrentamento na campanha. Compõe ainda a lista dos presidenciáveis a provável canditada do PSOL Heloisa Helena, com uma boa fatia do eleitorado. Os números da pesquisa IBOPE: José Serra 34% (-4%); Dilma Roussef 14% (-3%); Ciro Gomes 14% (+ 2%); Heloísa Helena 8% e Marina Silva 6%.

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