domingo, 6 de setembro de 2009

O MOVIMENTO FASCISTA E O NOVO LIBERALISMO


“O mundo viveu, no período entre as duas grandes guerras do século XX, uma intensa crise de natureza econômica, social e política. A economia de diversos países foram afetadas, causando um enorme custo social, o desemprego como exemplo. O modelo capitalista – e sua doutrina econômica em vigor, o liberalismo econômico, passou a ser contestado pelo seu insucesso em suprir as necessidades básicas das pessoas. Sua preconização de que as leis naturais do mercado resolveriam todas as questões não vinha acontecendo. No campo político, o modelo democrático foi acusado de ter sido incapaz de diminuir as desigualdades sociais. Essa desordem propiciou o surgimento de diversos grupos com idéias para o saneamento da crise. No campo das esquerdas, surgiram os socialistas e os comunistas. No da direita, o fascistas”. Esse trecho faz parte do meu trabalho de monografia apresentado ao final do curso de graduação em História em 2007. Destaco que como - conseqüência dessa crise-, tivemos o surgimento dos movimentos fascistas, que se caracterizaram pela presença marcante do Estado, tanto no plano econômico, como no político.
Esse movimento surgiu primeiro na Itália em 1922, com a famosa marcha de Mussolini sobre Roma. Propagou-se pela Europa, com total destaque para a Alemanha de Hitler. No Brasil o movimento surgiu em 1932 e foi liderado pelo escritor modernista Plínio Salgado e recebeu o nome de “Integralismo”. Em Miracema, segundo as primeiras informações, o seu Líder era o Sr. Sílvio Freire, e seus integrantes se reuniam na sede do atual Centro Cultural, em pelo menos no numero de 100 participantes. Realizavam passeatas regularmente. Mas ainda é objeto para futuras pesquisas. Voltando ao plano nacional o movimento cresceu e chegou ao seu auge em 1937, quando Plínio Salgado se preparava para se candidatar a presidente na eleição prevista para 1938. Apoiou Getúlio Vargas, mas com o Golpe do Estado Novo, foi surpreendido e, como os demais partidos, colocados na clandestinidade.
No final dos anos 80 e início dos 90, surgiu uma nova forma de liberalismo, que se convencionou chamar de Neoliberalismo. Mas agora estamos vivendo uma nova crise mundial e o que mais vemos são as intervenções estatais para salvar a economia. Quer dizer, os lucros são privados e os prejuízos socializados. Essa é a grande incoerência do sistema capitalista. Esperamos apenas que as coincidências parem apenas no campo econômico, não é mesmo?

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